Nos próximos doze meses provavelmente haverá uma
natural alteração nas posições do ranking dos fabricantes de veículos no
Brasil. A principal razão de tais mudanças é a chegada no mercado do Etios da
Toyota, HD20 da Hyundai e o crescimento das vendas do March da Nissan.
A fábrica de Sorocaba, SP, do Toyota Etios, que
chegará ao mercado nas versões sedan e hatch, com três anos de garantia, terá
capacidade inicial de produção de 70 mil veículos, podendo ser ampliada para
200 mil em dois anos.
Apenas para ilustrar, o Pálio da Fiat, o terceiro carro
mais vendido no país (perde apenas para o Gol e o Uno), deverá vender em torno
de 200 mil unidades este ano (de janeiro a agosto/2012 foram licenciados
117.108 unidades).
A linha de montagem da fábrica de Piracicaba, SP, do
Hyundai HD 20 tem capacidade para produzir até
150 mil unidades anuais. O carro tem plataforma baseada na próxima geração do
compacto i20, que ainda nem foi lançada na Europa.
O HD 20 chegará em três opções iniciais:
1.0 de três cilindros, 1.6 de quatro cilindros manual, e 1.6 automática, todos
flex. A garantia será de cinco anos.
O Nissan March também promete abocanhar boa
parte do mercado. Até agosto de 2012, foram vendidos 28 mil unidades e deverá
fechar o ano em torno de 40 mil carros licenciados.
O fato é que o mercado nacional passa a
contar (somados Etios, HD 20 e March) com capacidade adicional em torno de 260
mil novos carros em um único segmento (veículos de entrada). Tal volume poderá alcançar
a 400 mil unidades até 2014. Para se ter uma ideia do que isso significa, basta
verificar que no acumulado deste ano (jan a ago/2012) o Gol, líder nacional de
vendas, licenciou 188.615 unidades.
Um fator que poderá ter importante
impacto na decisão de compra do consumidor é o fato dos novos entrantes oferecerem
garantia de fábrica de três anos (Etios e March) e cinco anos para o HD 20.
Além disso, os três modelos são equipados com airbag e freios ABS, que de
acordo com a legislação brasileira, serão obrigatórios a partir de 2014.
Uma certeza
podemos ter, o maior beneficiado será o consumidor brasileiro que contará com
mais opção de compra e, provavelmente, melhores preços.
Pense nisso
e ótima semana,
Evaldo
Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das
Concessionárias do Brasil
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