O
brasileiro nos últimos anos comprou como nunca antes carros importados. Não
fosse o governo ter interferido com aumento de impostos e fixação de cotas de
importação, eles estariam nas ruas em maiores volumes. Mas, até que ponto a
política do governo impactou as vendas até aqui? Com a alta do dólar, o que se
pode esperar daqui para a frente?

Com a
interferência do governo brasileiro em 2012, as vendas declinaram, porém discretamente.
De Janeiro a Julho de 2013, foram vendidas 432.219 unidades de automóveis e comerciais leves importados, contra 460.558 no mesmo período do ano anterior,
representando queda de apenas 6.2%. Pelo rigor das medidas adotadas,
provavelmente, o governo esperava que a queda fosse bem maior.

Segundo
Rodrigues, a valorização do dólar nas últimas semanas, não deve ser repassada
imediatamente ao preço. Mas, assim que os estoques esgotarem, se mantido a alta
da moeda norte-americana, os preços deverão sofrer reajustes, acredita. O fato
é que a valorização do dólar frente ao Real, de Janeiro a 21 de Agosto de 2013,
já alcançou 20 por cento (ver quadro acima). Naturalmente, caso não haja recuo
(e pelo que tudo indica, não haverá), exigirá mais sacrifícios da margem
comercial para manter os preços. Daí, haverá espaço para nova recomposição ou a
variação cambial será mesmo repassada para o consumidor? É difícil saber, mas o
mais provável é que os veículos importados fiquem mesmo mais caros, pois que
ninguém se iluda, os nacionais também ficarão.
Portanto, quem
pretende andar de carro importado e não deseja pagar mais por eles, é bom ficar
atento, pois a disposição da indústria, importadores e distribuidores em
absorver aumentos de custos, pode estar se exaurindo. Caso os preços dos carros
importados sejam realmente majorados, os maiores beneficiados deverão ser os
modelos nacionais que gozam do prestigio de importado, a exemplo do HB20 da
Hyundai.
Pense
nisso e ótima semana,
Evaldo
Costa
Escritor,
conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Blog: verdesobrerodas.com.br
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