O
recente aumento da alíquota do IPI – Imposto sobre produtos industrializados,
para veículos importados e a revisão do acordo de livre comércio com o México,
desagradou os fabricantes afetados pela medida e os consumidores que terão que
pagar mais caro para andar de carros importados.
Quem
não pretende comprar carro importado, pode pensar que o assunto não mexe em seu
bolso. Mas poderá mexer sim, pois, provavelmente, a concorrência menor fará com
que o veículo nacional (caminhões inclusive), suba de preço, reflita no valor
do transporte e todos os brasileiros (proprietários ou não de carros), paguem a
conta. Pois é preciso lembrar que não há acordo capaz de evitar a poderosa e
natural lei de mercado.
Há
ainda um terceiro componente que deve estar tirando o sono do governo, que é o
gigantesco e assustador aumento da importação de combustível, que cedo ou
tarde, terá que ser inibida.Por outro lado, a medida serviu para atrair ou
acelerar o processo de instalação de novas fábricas no Brasil, e o governo
brasileiro terá que sinalizar com incentivos para que os investimentos se
materializem.
A
medida parece que vem em forma de mérito, ou seja, criação de tabela de pontuação.
Então os benefícios (leia-se redução da alíquota do IPI), seriam proporcionais
ao números de pontos alcançados. Se será uma boa ideia, só o tempo dirá.
Caso
a proposta prospere, o governo terá uma ótima oportunidade para incentivar a
indústria automobilística a produzir por aqui carros mais seguros e
econômicos,a exemplo do que já faz o governo norte americano. Deve ainda
priorizar maior índice de nacionalização (o que ele tanto defende), geração e
manutenção de emprego para os brasileiros e preços menores. Agindo desta maneira,
os preços não poderiam, por exemplo, aumentar mais que a inflação.
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