O mundo empresarial sabe muito bem do poder de
uma meta otimizada para vencer neste mundo globalizado. O objetivo precisa ser
bem formulado, amadurecido na mente da liderança e executado cuidadosamente. Há
muita gente que defende não divulgá-lo por considerar o silêncio um aliado.
Porém, há quem pense o contrário, vendo na
divulgação da meta uma poderosa fonte de motivação e comprometimento. Afinal de
contas, ninguém gosta de perder e anunciar algo e não cumprir pode soar como incômoda
derrota.
A Volkswagen provavelmente pensa da segunda
maneira, pois em 2009, ao divulgar o seu relatório anual, revelou que pretendia
vender 10 milhões de carros em 2018 e liderar o mercado global de automóveis.
Na época, a meta parecia algo muito desafiador para qualquer montadora e, por
isso, deve ter chamado tanta atenção da mídia.
Agora, número mágico da VW aparece bem ao seu alcance
e poderá chegar mais cedo do que ela imaginava ser em 2009. Atualmente, no
ranking de vendas globais,a GM está em primeiro lugar,a VW aparece firme em
segunda posição e a Toyota em terceira. Nos dois primeiros meses de 2012, as
vendas globais da VW cresceram 7,7%comparado com o mesmo período do ano passado.
Inferior, é verdade, ao crescimento de 14,3% nas vendas de 2011, quando vendeu
8,16 milhões de unidades.
Os dados revelam que a VW não precisa de um
ritmo de venda muito acelerado para chegar ao seu número mágico, pois
contabiliza vendas superiores a 8 milhões de unidades. E, se crescer em torno
de 5% ao ano, em 2015, alcançará a sonhada marca.Já liderar será um outro caso,
pois a GM vendeu globalmente em 2011, 9,03 milhões de unidades, cresceu 7,6%
sobre o ano anterior, e não vai querer entregar a liderança de mãos beijadas.
Hyundai e Nissan disputam
terceira posição
A Toyota, por sua vez, está se recuperando da queda de 5,6% em 2011, quando vendeu 7,95 milhões de unidades. A
marca japonesa conta com a recuperação da economia de seu país e logo as fábricas
de componentes estarão recuperando a capacidade de produção, e suas vendas
voltarão a crescer globalmente. Além disso, pelo menos mais dois fatores
poderão lhe ser favorável: tendências dos governos apoiarem veículos “verdes”,
da qual ela detém a liderança, e reais possibilidades de ganho de market share
no mercado chinês, onde a marca alemã tem investido bastante.
Enquanto isso, Nissan e Hyundai, (com suas parceiras)
correm por for e podem surpreender. Nunca é demais lembrar que em 2011, a marca
Japonesa cresceu globalmente 10,2% em 2011, tendo vendido 7,39 milhões de
unidades e a coreana Hyundai cresceu 14,8% sobre o ano anterior, tendo
contabilizado vendas em 2011 de 6,59 milhões de unidades.
Portanto, pelo que tudo indica, já em 2015, a líder
global de vendas deverá estar vendendo globalmente mais de 10 milhões de
unidades. Mas isso é outra história. Então, o
melhor mesmo é ter metas arrojadas, produtos de ponta, preços alinhados,
consumidores satisfeitos e atento ao tabuleiro global de novas parcerias.É como
disse Margareth Drabble: “Quando nada é certo, tudo é possível”.
Pense
nisso e ótima semana.
Fonte:
yomiuri, Fobes e NYT
Evaldo Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do
Brasil
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