O
setor automobilístico durante muitos anos dominou o interesse do mundo dos
negócios. Não havia quem não reconhecesse a GM como a grande líder do mercado
global. Estamos falando do tempo em que
ter um carro era para muitos mais importante do que a casa própria. Os tempos
passaram, a venda de carros vem aumentando a cada ano, é verdade, mas as marcas
vêm perdendo valor.
Em
2007, por exemplo, o ranking BrandZ Top 100 Brand apontava seis marcas de automóveis entre as cinqüenta
mais valiosas globalmente. A Toyota, a melhor colocada, ocupava a décima
posição e a Ford, a pior entre as seis, ocupava a 45a posição (ver tabela
abaixo).
Cinco anos mais tarde,
(2012) o ranking das empresas mais valiosas revela que a empresa do setor
automobilístico melhor colocada, a BMW, ocupa apenas a 23a posição e a Toyota a
28a. A Ford em 2012 já não mais aparece entre as 50 marcas mais valiosas do
mundo.
50 maiores em
2007 x 2012
Marcas
|
2007
|
Valor em milhões U$
|
2012
|
Valor em milhões U$
|
(10)
|
33,427
|
(28)
|
21,779
|
|
(14)
|
25,751
|
(23)
|
24,623
|
|
(29)
|
17,813
|
(50)
|
16,111
|
|
(36)
|
15,465
|
(65)
|
12,647
|
|
(40)
|
13,372
|
Ñ
aparece no ranking
|
-
|
|
(45)
|
12,627
|
Ñ
aparece no ranking
|
-
|
Fonte: RankingBrandZ
Muito
embora a venda de carros venham crescendo, existem muitos players disputando
esse segmento de mercado. Além disso, a preocupação crescente com o meio
ambiente e a inevitável necessidade de
redução da poluição do ar nos grandes centros urbanos, exigem que os governos
invistam mais em transportes coletivos,o que deverá afetar as vendas de carros
nas próximas décadas.
Também
é preciso levar em conta a mudança de hábito das pessoas. O computador e a internet
com seus aplicativos deverão reduzir o deslocamento das pessoas. Atualmente,
por exemplo, em muitos grandes centros urbanos muita gente trabalha em casa e
nos finais de semana já não se pega o carro para visitar os amigos como se
fazia no passado recente.
Outro
fator que cedo ou tarde afetará as vendas é que o carro passou a ter um peso
maior no orçamento familiar. Levando em conta a desvalorização do bem, o valor
de manutenção, o consumo de combustível, gastos com estacionamentos, seguro, e
a ganância dos governos em arrecadar cada dia mais, com multas, impostos e
taxas, acabará afastando deste segmento o consumidor consciente das prioridades
da família.
E
para concluir, nunca é demais evidenciar que em algumas culturas o carro deixou
de ser símbolo de estatuas.
Pense nisso e ótima semana,
Evaldo Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do
Brasil
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