sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Como será o futuro do mercado automobilístico brasileiro



Durante todo o século passado, o mercado automobilístico nacional foi relativamente tranquilo para os grandes fabricantes. Durante muitos anos o setor foi dividido por GM, Ford e Volkswagen. Na década do noventa a Fiat, atual líder, fez valer suas estratégias de carros populares e forçou uma nova divisão do mercado.

Tudo parecia definido, mas o mundo se globalizando e em constante transformação, vem sinalizando mais mudanças. Essa década tem sido marcada por vários anúncios de novas marcas interessadas em explorar o mercado doméstico, apesar da natural oposição dos players local, que resistem o quanto podem. Recentemente, os chineses davam demonstrações de que poderiam mudar a divisão do mercado, mas o governo brasileiro entrou em campo na tentativa de preservar as montadoras que já estão aqui.

Ainda é cedo para saber o que vai acontecer, mas de uma coisa podemos ter certeza, os novos entrantes não vão desistir da competição, pois sabem muito bem que o potencial do mercado nacional é enorme e não vão querer ficar fora dele.

Na América do Norte as grandes perderam participação

Costumamos dizer que o que acontece nos Estados Unidos, alguns anos depois se repete no Brasil. Sendo essa máxima verdadeira, não demora muito e o quadro por aqui mudará. Na América do Norte, as montadoras domésticas dominaram o mercado até o ano de 2000. De lá para cá, elas não param de perder participação.

Só para se ter uma ideia, em 1991 as montadoras norte americanas juntas detinham 72% do Mercado nos Estados Unidos, na mesma data os fabricantes europeus detinham 2%, os Japoneses 25% e os sul coreanos tímidos 1%. De lá para cá, os fabricantes norte Americanos caíram para 47% Japonesas subiu para 35%, sul coreanos passou para 9% e as européias para 8% (ver gráfico acima).

A Volkswagen caminha a passos largos para o topo

As vendas globais de veículos do Grupo Volkswagen cresceram 13,8%, passando no acumulado de Janeiro a Outubro para 6,80 milhões de unidades contra 5,98 milhões no mesmo período do ano anterior.

No mercado europeu, mesmo sob crise econômica, a maior montadora européia vendeu 688.000 nos dez primeiros meses de 2011, contra 612.000 no mesmo período do ano anterior, significando 12,4%de crescimento.

No mercado yankee a Volkswagen apresenta desempenho invejável. Nos dez primeiros meses deste ano a marca cresceu, por lá, 21,5%. Na região da América do Sul, ela registrou crescimento de 8,0%. Na Ásia o crescimento foi mais modesto, em torno de 2,15%. Os concorrentes que se cuidem, pois o fabricante alemão está com apetite de líder.

Fonte: Automotive date

Uma ótima semana,

Evaldo Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
E-mail: evaldocosta@evaldocosta.com
Siga no Twitter/LinkedIn/Facebook/Orkut: evaldocosta@icbr.com.br




0 comentários:

Postar um comentário