
Ainda é
cedo para qualquer diagnostico sobre como será o desempenho das vendas de autoveículos
em 2013. Porém, os fatores críticos de sucesso e oportunidades, que mais
poderão influenciar o segmento, são: do lado bom para as vendas, temos o
retorno gradativo do IPI (Janeiro, por exemplo, será de 2% para carros 1.0);
ampliação da carteira de crédito ao consumidor; taxas de juros atrativas e a provável
expansão do Produto Interno Bruto
(PIB) em 2013, em relação ao ano anterior.
Em 2013, 60% dos carros terão que sair de fábrica com Air Bag e freios
ABS
Já os
fatores que mais poderão impactar negativamente os desempenho das vendas,
especialmente na segunda metade de 2013, são: a retirada total do benefício do
IPI; possibilidade de restrição ao crédito (caso a inadimplência continue subindo)
e eventuais problemas econômicos.
Algumas
montadoras deverão continuar crescendo, enquanto outras encontrarão
dificuldades. Como se sabe, em 2013, 60% dos carros devem sair de fábrica
equipados com Air Bag e freios ABS. Montadoras como a Hyundai, Toyota e Nissan
já incorporaram esses itens em seus veículos, mas a maioria, inclusive as quarto
grandes (Fiat, VW, GM e Ford) terão de se adaptarem.
A capacidade produtiva da indústria automobilística brasileira crescerá
mais de UM milhão de unidades
Naturalmente,
esses itens aumentarão seus custos e elas terão que encontrar uma maneira de não
aumentar o preço ao consumidor, para não perder participação de mercado. Apenas
para lembrar, juntas a sul-coreana Hyundai e a japonesa Toyota aumentaram a
capacidade produtiva brasileira em 220 mil unidades. Além disso, a Renault está
ampliando a sua capacidade de produção em 120 mil unidades, passando a 320 mil
unidades/ano.
Pensando em 2014, a Chery estará pronta
para produzir 150 mil veículos. A chinesa JAC acrescentará mais 100 mil unidades,
a Nissan inaugurará a sua fábrica com capacidade para 200 mil carros e a Fiat
em Pernambuco está sendo projetado para 250 mil unidades.
Os números revelam que o mercado
brasileiro pode absorver em torno de 15 milhões de carros adicionais
Somadas, chegaremos ao final de 2014,
com mais de hum milhão de unidades no mercado se comparados com a capacidade de
junho 2012. No Brasil, atualmente, há uma automóvel para cada seis habitantes.
Na Argentina por exemplo, é um para quatro e nos Estados Unidos em torno de um
para um. Isso significa que para chegar ao indicador, por exemplo, da Argentina
precisaremos acrescentar em torno de 15 milhões de carros nas ruas brasileiras.
Haverá ruas para tudo isso? Isso é uma outra história!
Neste contexto, a mudança no quadro de
participação de mercado das marcas, será inevitável. Quem tiver produtos de
qualidade, preços competitivos e capacidade de atrair e conquistar o consumidor
vencerá a batalha. Porém, quem mais tem a ganhar com tudo isso é mesmo o consumidor,
que poderá contar com carros melhores e mais promoções.
Feliz Natal e um extraordinário 2013,
Evaldo
Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das
Concessionárias do Brasil
Blog: verdesobrerodas.com.br
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