As
vendas de veículos automotores no Brasil continuam aquecidas. Com 268,3 mil (crescimento de 9,6% sobre mesmo mês
do ano anterior) unidades novas licenciadas, tivemos o melhor
janeiro de todos os tempos. Os caros importados, apesar da sobretaxa do
governo, cresceram 17,9% sobre janeiro do ano anterior, bem mais do que os 7%
de crescimento de seus concorrentes nacionais.
Pelo
que tudo indica, o consumidor brasileiro está mesmo disposto a pagar mais para
andar nos modelos importados. Vamos aguardar um pouco mais para saber se esta
tendência se manterá. O ano começou com algumas novidades a exemplo do
espetacular recuperação da GM, que surpreendeu ao licenciar 52.850 unidades de
automóveis e comerciais leves, alcançando assim o topo do ranking dos
maiores fabricantes do mercado doméstico. Fazia tempo que isso não acontecia.
A
Fiat licenciou em janeiro de 2012,
51.901 unidades novas de automóveis e comerciais leves e a Volkswagen 51.047.
Adisputa entre as duas montadoras europeiascontinua acirradíssima. Estaria a GM
correndo por for a ponto de ameaçar a liderança da Fiat? Apesar do apetite e
potencial da montadora norte americana, não parece muito provável que isso
ocorra nos próximos meses.
O que
também chama atenção é uma disputa entre a quarta e a quinta posição das vendas
do mercado doméstico. A Ford há muitos anos aparece isolada na quarta posição.
Porém, a Renault parece disposta a desbancá-la deste posto. Em janeiro de 2012,
a montadora norte americana vendeu no varejo 22.203 automóveis e comerciais
leves contra 16.611 do fabricante francês. A diferença de 33.3% pode parecer
confortável, mas se levarmos em conta que em janeiro do ano passado essa
diferença a favor da Ford era mais que o dobro, pode ser que a quarta posição
não esteja tão protegida quanto parece.
Em
janeiro de 2012, apenas a Honda cresceu (1,83%) nas
vendas de carros e comerciais leves. As marcas que caíram menos do que a média
de mercado de -23% em relação ao mês anterior, foram: GM (-13,28%), VW
(-20,87%) e Ford (-21,73%).
Diante
de tudo isso, quem mais tem a ganhar é o consumidor brasileiro que conta com a
concorrência para poder contar com produtos competitivos.
Pense nisso e ótima
semana,
Evaldo Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do
Brasil
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