Depois de quase tocar o fundo do
poço, chegando a ponto de ter que contar com a ajuda de U$49,5 bilhões do
governo dos Estados Unidos para se manter de pé, a GM, fabricante centenário de
Detroit, dá volta por cima em 2012, recupera a posição de maior montadora do
mundo em volume de vendas e, de sobra, registraU$7,6 bilhões de lucro, o maior
de sua história.
O recorde anterior foi registrado
em 1997, quando a montadora contabilizou U$6,6 bilhões de lucro, graças ao boom
das vendas de caminhões no mercado norte Americano naquele período. Em 2011,
uma vez mais, o fantástico desempenho se deve, principalmente, aos mercados norte
americano e asiático, já que na Europa e américa do sul a montadora não registra
bons resultados financeiros.
Também, contribuiu para o lucro
recorde a redução de custo que a empresa conseguiu realizar durante o ano de
2011, somente no último trimestre do ano foram economizados em torno de U$500
milhões, tendo as áreas de publicidade e operações de engenharia proporcionado
as maiores contribuições.
A GM tem boas expectativas de continuarcontabilizando
resultados positivos, pois o mercado dos Estados Unidos que tem grande peso no
faturamento global da montadora, registrou em 2011 vendas de 12,9 milhões de
unidades, bem abaixo do pico de quase 18 milhões contabilizados em anos
anteriores. Então, se em 2012 as vendas internas continuarem se recuperando e atingir
a previsão de 14 milhões de unidades, a GM terá boas possibilidades de
registrar ótimos resultados.
Quem deve estar animado com a
notícia é o governo dos Estados Unidos que detém 500 milhões de ações da GM, representando
26,5% da empresa, em troca dos 49,5 bilhões dólar
investido na organização no auge de sua crise financeira. O governo já
recuperou U$22,3 bilhões de dólares de seu investimento e, naturalmente, espera
recuperar o restante.
Apesar de comemorar o bom momento,
a GM sabe que há muitos desafios a serem superados, especialmente o de se
recuperar em mercados onde continua perdendo dinheiro, a exemplo do europeu (perda
de U$747 milhões) e América do Sul (U$122 milhões). Além disso, os estoques de
carros e caminhões começam a acumular-se nos pátios das concessionárias nos
Estados Unidos onde a cobertura do estoque em janeiro foi de 89 dias, bem acima
dos 69 dias contabilizados no pico da crise de vendas da montadora.
O fato é que ninguém é líder por acaso.
A GM é uma grande organização de 103 anos e tem todas as possibilidades de se
reinventar e se manter no topo do ranking das maiores montadoras do mundo.
Pense nisso e ótima
semana,
Fonte: hostednews
Evaldo Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do
Brasil
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