
No
entanto, neste trecho da estrada, iminente ameaça de tempestade poderá causar grandes
transtornos. Estamos falando das manifestações populares difusas, que na última
semana varreu o país e ainda não sabemos se irão continuar e nem quais serão os
desdobramentos.
É até
possível que o movimento não afete as vendas de veículos automotores, mas temos
que concordar que há outros indicadores desfavoráveis que mais parece a Caixa
de Pandora. Nada que a indústria não possa superar, pois ao longo da sua
história no Brasil, não foram poucos os desafios vencidos.

Ao final, os dois eventos fizeram muito bem a
indústria automobilística nacional, que em 1991 vendeu 764 mil autoveículos e
vinte anos depois (2012) multiplicou as suas vendas por cinco, e alcançou
licenciamento de 3,8 milhões de unidades. Naturalmente, a história da indústria
registra outros momentos críticos, mas todos bem diferentes. Porquanto, havia o
consórcio que garantia significativo volume de vendas, demanda reprimida e
baixa competição na indústria.
Além disso, desta vez, a indústria automobilística está
operando a todo vapor e com apetite para crescer ainda mais. Recebe incentivo direto
do governo federal que subsidia a produção e a gasolina está com preço abaixo
do valor real, ajudando as vendas de autos.
Como se não bastasse, o Real está se desvalorizando
rapidamente em relação ao dólar norte-americano, os juros e a inflação subindo,
as famílias endividadas como nuca antes (44,23% foi o nível de endividamento
das famílias em Abril de 2013) e a inadimplência começa a assustar os agentes
financeiros. No entanto, o pior de tudo, poderá ser a insegurança do investidor
e consumidor na economia, agravando ainda mais a fuga de investimentos, redução
das reservas, queda da Ibovespa (encontra-se com menor desempenho dos últimos
três anos) e do consumo.

Pense
nisso e ótima semana,
Evaldo Costa
Escritor,
conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Blog: verdesobrerodas.com.br
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