As
dificuldades pela qual passa a Europa agrava ainda mais a situação de algumas
organizações, como é o caso da PSA Peugeot Citroën que tem cortado funcionários,
perdido mercado e dinheiro naquele continente.
No Brasil
a PSA Peugeot Citroën terminou Junho de 2013 com 3,42% de market share, sendo que a Peugeot ficou com 1,75% e a Citroën 1,67%.
Por aqui, a PSA inaugurou em 2001, em Porto Real no Rio de Janeiro, uma fábrica
com capacidade de 160 mil veículos/ano, já esteve melhor colocada no ranking
dos maiores fabricantes, mas não apresentou performance consistente.
Em Junho,
no mercado brasileiro, a Peugeot ocupou a decimal posição no ranking dos
maiores fabricantes de carros do país e a Citroën a décima primeira colocação.
Portanto, uma operação acanhada para uma empresa robusta como a PSA. Já a
compatriota Renault, encerrou Junho com 6,60% de penetração e é o quinto maior
fabricante do marcado nacional (atrás de Fiat, WV, GM e Ford).
Na China a
situação parece ser mais favorável a empresa centenária francesa. Por lá a PSA
começou a construir carros no início de 1990, através da criação de uma joint
venture com a montadora chinesa estatal Dongfeng Motor Corp. Durante muitos anos
a operação da organização foi sem brilho, pois haviam poucos lançamentos. No
entanto, nos últimos anos o quadro tem sido bem diferente.
A PSA
acelerou o lançamento de novos modelos na China, especialmente SUVs e sedãs que
estão agradando os consumidores chineses. Aliás, é graças às fortes vendas do
Peugeot 3008 SUV e do Citroën C4 (ambos fabricados na china), que a PSA vendeu
277 mil veículos nos primeiros seis meses de 2013, significando crescimento de
33 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, e muito acima do
crescimento médio do mercado chinês, que no período ficou na casa dos 15 por
cento.
A meta da
PSA para China em 2013, é vender 500 mil unidades. Tarefa aparentemente factível,
já que suas vendas têm sido crescentes (em 2012 ela vendeu 445 mil unidades). Sendo
bem sucedida, a PSA estará aumentando a sua penetração de mercado de 3,9,
alcançado no primeiro semestre deste ano, para 5 por cento.
Para isso,
a PSA planeja lançar 11 novos modelos até 2015. Ela também começou a atualizar
a tecnologia de veículos com motorizações avançadas, tais como 1,6-CVVT,
motores de 1.8 litros, 1.2 turbo e motores de injeção direta de 1,6 litros THP.
Na
primeira semana de Julho de 2013, foi iniciada a produção na terceira fábrica
de montagem em joint venture com a
Dongfeng, elevando assim a sua capacidade de produção anual de 450 mil para 750
mil veículos.
A PSA tem
feito sólidos progressos em relação aos seus objetivos operacionais na China,
mas isso não significa que a tarefa daqui para frente será fácil. Isso porque
na linha de luxo, em que a gigante francesa tem uma joint venture com a chinesa Changan Automobile Group, para
construir seus modelos DS da série Citroën, enfrentará grande concorrência de
outras marcas de luxo, que estão investindo enormemente na China, a exemplo da Audi,
Volvo, BMW e Mercedes-Benz.
Aliás,
para se ter uma ideia do apetite dessas marcas pelo mercado chinês, basta olhar
para as vendas do mês passado para constatar que a Volvo cresceu 74 por cento, a
BMW 44 por cento e a Mercedes 16 por cento a (todas sobre
Junho de 2012). A Audi, por sua vez, cresceu 33 por cento no acumulado de
Janeiro a Junho de 2013, comparado com igual período do ano anterior.
Como se
pode ver, o mercado de carros na china continua crescendo, mas isso não significa
vida fácil para ninguém.
Pense
nisso e ótima semana,
Evaldo
Costa
Escritor,
conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Blog: verdesobrerodas.com.br
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