terça-feira, 16 de julho de 2013

PSA Peugeot Citroën planeja lançar, na China, 11 novos modelos até 2015


As dificuldades pela qual passa a Europa agrava ainda mais a situação de algumas organizações, como é o caso da PSA Peugeot Citroën que tem cortado funcionários, perdido mercado e dinheiro naquele continente.

No Brasil a PSA Peugeot Citroën terminou Junho de 2013 com 3,42% de market share, sendo que a Peugeot ficou com 1,75% e a Citroën 1,67%. Por aqui, a PSA inaugurou em 2001, em Porto Real no Rio de Janeiro, uma fábrica com capacidade de 160 mil veículos/ano, já esteve melhor colocada no ranking dos maiores fabricantes, mas não apresentou performance consistente.

Em Junho, no mercado brasileiro, a Peugeot ocupou a decimal posição no ranking dos maiores fabricantes de carros do país e a Citroën a décima primeira colocação. Portanto, uma operação acanhada para uma empresa robusta como a PSA. Já a compatriota Renault, encerrou Junho com 6,60% de penetração e é o quinto maior fabricante do marcado nacional (atrás de Fiat, WV, GM e Ford).

Na China a situação parece ser mais favorável a empresa centenária francesa. Por lá a PSA começou a construir carros no início de 1990, através da criação de uma joint venture com a montadora chinesa estatal Dongfeng Motor Corp. Durante muitos anos a operação da organização foi sem brilho, pois haviam poucos lançamentos. No entanto, nos últimos anos o quadro tem sido bem diferente.

A PSA acelerou o lançamento de novos modelos na China, especialmente SUVs e sedãs que estão agradando os consumidores chineses. Aliás, é graças às fortes vendas do Peugeot 3008 SUV e do Citroën C4 (ambos fabricados na china), que a PSA vendeu 277 mil veículos nos primeiros seis meses de 2013, significando crescimento de 33 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, e muito acima do crescimento médio do mercado chinês, que no período ficou na casa dos 15 por cento.

A meta da PSA para China em 2013, é vender 500 mil unidades. Tarefa aparentemente factível, já que suas vendas têm sido crescentes (em 2012 ela vendeu 445 mil unidades). Sendo bem sucedida, a PSA estará aumentando a sua penetração de mercado de 3,9, alcançado no primeiro semestre deste ano, para 5 por cento.

Para isso, a PSA planeja lançar 11 novos modelos até 2015. Ela também começou a atualizar a tecnologia de veículos com motorizações avançadas, tais como 1,6-CVVT, motores de 1.8 litros, 1.2 turbo e motores de injeção direta de 1,6 litros THP.

Na primeira semana de Julho de 2013, foi iniciada a produção na terceira fábrica de montagem em joint venture com a Dongfeng, elevando assim a sua capacidade de produção anual de 450 mil para 750 mil veículos.

A PSA tem feito sólidos progressos em relação aos seus objetivos operacionais na China, mas isso não significa que a tarefa daqui para frente será fácil. Isso porque na linha de luxo, em que a gigante francesa tem uma joint venture com a chinesa Changan Automobile Group, para construir seus modelos DS da série Citroën, enfrentará grande concorrência de outras marcas de luxo, que estão investindo enormemente na China, a exemplo da Audi, Volvo, BMW e Mercedes-Benz.

Aliás, para se ter uma ideia do apetite dessas marcas pelo mercado chinês, basta olhar para as vendas do mês passado para constatar que a Volvo cresceu 74 por cento, a BMW 44 por cento e a Mercedes 16 por cento a (todas sobre Junho de 2012). A Audi, por sua vez, cresceu 33 por cento no acumulado de Janeiro a Junho de 2013, comparado com igual período do ano anterior.

Como se pode ver, o mercado de carros na china continua crescendo, mas isso não significa vida fácil para ninguém.

Pense nisso e ótima semana,

Evaldo Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Blog: verdesobrerodas.com.br
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